Lenda XXV : Repouso de Brigid

 
Cadaqués


Repouso de Brigid
Cadaqués


1
Sonhei que ela volvia
ao porto de Cadaqués,
caminho de Brigantia
em seu navio, de pé.

2
Joia do Mare Nostrum,
alí no cabo de Creus.
Atalaia do Olimpo,
remoto faro de Zeus.

3
Sintindo o seu alento,
que é meu maior sustento,
aliso-lhe os cabelos
so co meu pensamento,

4
alí que sopra o vento,
onde corona ve-los.
Quigera nas mans te-los
e com bica-los sonho.

5
Nom estou abatido,
tendo os olhos pechados,
é o sonhar contigo,
que deixa-me coitado.

6
Agora entendo a Dalí,
que comeria a Gala,
de tanto que a adorava,
é o que sinto eu por ti.

7
Era um tolinho pensei,
adorava a beleza,
tolo som eu agora,
se é minha mantenza.

8
Tanto amava sua musa,
que comeu-na na fiestra,
a bocados de cores,
a anaquinhos de mar.

9
E que mais quigera eu,
que ver-te de novo alí,
mirando de reolho
ou guichando cara mim.

10
E que mais quigera eu
que bicar teu sorriso,
sentir o teu alento,
de ferido javalim.

11
És a minha poesia,
companheira da alma,
verdadeira amizade,
por ti darei a vida.



Foto :/ Cadaqués, Novembro de 2013



Moradelha editora



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