Lenda XVIII : Atenea
Coruja de Sargadelos
Atenea
Sentado na banqueta do corredor,
vim-lhe os olhos à coruja.
Eu escrevia poemas,
inspirado no tempo e
as cores do espácio
e de súpeto marchou a luz.
E na escuridade
apareceu a Deusa Atenea,
disfarçada de homem.
As suas mans secas e dedos longos
raiavam-me os papeis e
intentavam arrincar-me a chambra de linho,
coma querendo roubar-ma.
Entom eu saquei-na e dei-lhe-a
e marchou zurnindo polo corredor,
cada pouco mais ancho,
mais grande e mais negro
e desapareceu coma noitebra,
disolvendo-se numa neboeira,
coma se fora noite pecha e fria,
com lua nova e ouveos.
Se a tua mirada é limpa,
teu corpo estará alumiado.
Se o que há en ti son noitebras,
vivirás sempre na escuridade.
🌟
Moradelha editora
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